Decidir na imensidão

Vivemos na era da informação. Mesmo sem nos apercebermos o nosso dia-a-dia está rodeado de dispositivos. Algoritmos que nos ajudam e que ajudam as empresas a recolher ou a dar acesso a dados que nos servem de muleta às decisões do quotidiano.

Encontramos, por isso, uma sociedade em mudança, uma mudança baseada na recolha e tratamento de informação, caindo a vantagem para quem estiver melhor qualificado para ler e se adaptar, sejam empresas ou indivíduos. A velocidade com que essa transformação acontece, está não só a alterar a dinâmica do nosso dia-a-dia, mas também a competitividade dos nossos mercados.

Desde o momento em que acordamos e saímos de casa rumo ao nosso local trabalho, o nosso trajeto é decidido por um dispositivo que nos permite visualizar qual o melhor trajeto, aquele que tem melhor relação entre tempo e quilómetros a percorrer. Quando chegamos e precisamos de nos conectar a um cliente do outro lado do mundo e falar o seu idioma, não há problema, temos um tradutor automático numa qualquer aplicação ou lugar na internet. Ao fim do dia, o exercício que fazemos é monitorizado por um relógio que nos permite saber sempre o estado de saúde e as calorias que gastamos. Todos estes dados são indicadores preciosos que podem ser utilizados para facilitar a nossa vida ou para os players no mercado tomarem decisões que os vão ajudar a encontrar a melhor forma de promover os seus produtos.

O desenvolvimento desses produtos contendo essa informação permite, sem que estes percebam, conseguir ter os utilizadores finais envolvidos em todas as fases do projecto. A análise desses dados possibilita também às empresas seguirem as direcções correctas sem muito esforço e indo ao encontro do consumidor final.

Estamos no tempo da Big Data, onde grandes quantidades de informação são recolhidas a cada instante. É no como transformar essa informação em valor, que entram as ferramentas tecnológicas de análise de dados que permitem às empresas discernir a melhor decisão a tomar no meio da imensidão de dados que hoje lhes é possível recolher.

Os maiores fornecedores tecnológicos já perceberam esta tendência e reinventam os seus modelos de negócio de forma a fazer face a este novo rumo. Os serviços Cloud onde a Amazon deu origem ao AWS, ou onde a Microsoft incubou a plataforma Azure que com um alto suporte tecnológico permite às empresas colocar os seus engenheiros e analistas de dados a integrar linguagens já conhecidas como .Net, Java , Php, sendo ao mesmo tempo uma loja para vender os seus próprios produtos de transformação ou IA tendo neste caso concreto uma vasta gama de ‘Cognitive Services’ que se podem adaptar à necessidade de cada empresa.Com toda esta oferta este novo tipo de serviços permite a flexibilidade necessária para que ninguém fique de fora apesar da sua especialidade tecnológica.

Conseguem também aliar a isto a escalabilidade do volume de dados correspondente ao seu negócio, sendo esta flexibilidade de volume ou de tecnologia de desenvolvimento que permite a estas plataformas terem tanto sucesso e serem tão rapidamente absorvidas por um mercado que já estava em andamento.

Após um processo de recolha e tratamento, as ferramentas de visualização de dados presentes no mercado permitem com pouco esforço aos gestores conseguirem ter uma visão clara e customizável dos dados recolhidos. Respondendo a perguntas como “qual a tendência de mercado dos próximos 5 anos?”, “quais as características que os utilizadores mais estão a valorizar?”, “em que zona geográfica temos quebras de serviço?”, “conseguimos prever a próxima tendência de mercado?”.

Estes auxiliares servem quase como uma bengala na análise que os gestores têm de fazer, ajudando-os assim a elevar e a ter uma visão mais clara dos dados relevantes da imensidão de informação com que são envolvidos.

Prevê-se para os próximos anos uma tendência de desenvolvimento de algoritmos, cada vez mais autónomos, que irão permitir definir tendências e a realizar uma aprendizagem automática dos caminhos a seguir. Uma necessidade que as ferramentas de análise e visualização de dados que existem no mercado estão, com cada evolução, a procurar responder. Estamos a assistir ao início da Era em que a inteligência artificial e os algoritmos de decisão vão contribuir para automatizar a nossa vida e a das empresas que nos rodeiam.

Tiago Fernandes, EPM Consultant at GSTEP

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